quarta-feira, 23 de março de 2016

Sabe aquele dia que você acordou meio estranha, estressada e não consegue voltar a dormir?
Você vai levando o dia sem sair de casa. esquecendo seus compromissos e dos cuidados com você mesma.
Quase na hora de dormir (popularmente), você percebe aquele sentimento ruim e começa a chorar.
E lembra quando todo o sofrimento começou. E como você percebeu que o mundo estava te ferindo e que você estava aberta a outras coisas ruins afetando o seu dia. Você nunca soube como ou a quem pedir ajuda, além de não saber lidar consigo mesma.
Depois de um buraco tão profundo, de cicatrizes tão profundas e enraizadas, você quer sair mas não sabe por onde começar a cavar ou qual parte deve tapar.
Como sair da inércia confortável do seu quarto para enfrentar um mundo assustador?
Depois de tanto tempo, você consegue pedir ajuda, mesmo sabendo que você já tentou entregar o controle para diversas mãos sem lembrar que possui duas só suas?

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Parabéns pelo seu Deus

Parabéns pelo seu Deus
Eu admiro sua crença em Deus, seja ele qual for.
Eu acho lindo quando me dizem “ah, ele está bem lá no céu”.
Acho maravilhoso você acreditar que vamos nos encontrar na próxima vida.
Não tem coisa mais bonita que eu olhar para o céu e lembrar da minha mãe dizendo que cada estrela é alguém que morreu que continua cuidando de mim todas as noites.
Mas isso não me conforta.
Queria muito acreditar que ele parou de sentir dor e que está em um lugar melhor agora, sendo feliz no paraíso com todas as coisas que gosta.
Mas eu sou tão egoísta ao ponto de desejar que ele estivesse aqui. Eu queria muito que você dormisse do meu lado mais uma vez. Poderiam ser só 10 minutos, sério. Só ouvir a respiração dele, sentir seus pelos de novo, olhar nos seus olhos, tocar aquela cicatriz.
Ou então que ele aparecesse aqui e fizesse carinho em mim por entender que estou triste.
Eu talvez aceite que você está em um lugar melhor, no escuro, coberto por uma terra quentinha, pois já é bem melhor que uma Terra que nunca seria capaz de retribuir todo o amor que você transmitiu por aqui.
O amor mais puro e sincero que eu já conheci.
A amizade mais gostosa e incondicional que eu já senti.
Sinto a maior gratidão pela sua existência, convivência e aprendizado.
E acredito que de alguma maneira eu consegui transmitir um pouco disso para você.
Muito obrigada mesmo, por se fazer inesquecível para várias pessoas que foram marcadas pelo seu olhar misterioso e instigante.

Siga seu caminho de luz.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Alta Fidelidade - Livro de Nick Hornby e Filme de Stephen Frears

Sobre Alta Fidelidade - Nick Hornby

     Esse livro conta a história de Rob, um adorador de música, que por volta dos anos 90 recebe um fora de Laura e resolve fazer um Top 5 com os piores fins de relacionamento que ele teve. Em meio a essa busca por entender o porquê desses namoros não terem dado certo, ele leva, num tom melancólico, sua loja de discos com seus empregados Barry e Dick, que também tem mania de fazer Top5 sobre diversos assuntos, mas, basicamente, sobre música.
     O livro atrai primeiramente adoradores de música, principalmente, por conter muitas referências e curiosidades, mas também merece destaque para o humor sarcástico tipicamente britânico.
   Nick Hornby consegue representar uma história bem contemporânea, pois Rob não se sente satisfeito com sua casa, seu relacionamento, seu trabalho e critica isso como questões comuns que aparecem para todos, mas o livro tem um toque nostálgico, pelo menos para mim, por citar fitas cassetes e vinis.
    Eu achei a proposta muito interessante, um livro leve e divertido e que acabou me trazendo um certo conforto como “eu posso sobreviver tendo uma loja de discos” :)


Sobre Alta Fidelidade – Stephen Frears (2000)


     O filme de 2000 é protagonizado por John Cusack, que vive Rob Gordon, que em meados de 1990, é dono de uma loja de discos fracassada, tem uma namorada e dois amigos que, assim como ele, adoram fazer Top5 sobre diversos assuntos, mas principalmente sobre música.
     Quando sua namorada Laura o deixa, Rob fica devastado e decide fazer o Top5 com seus foras mais dolorosos e também decide reencontrar as garotas para tentar entender os términos.
     O filme facilmente se encaixa em uma comédia romântica, reforçando dores e questionamentos amorosos de Rob e o destaque da atuação de Jack Black como Barry.
 




    Por mais que o longa não se destaque tanto em questões técnicas, apenas com bons quadros urbanos e ambientação, a narrativa se relaciona com o livro mas com muitas alterações, que no fim tornaram o filme mais interessante.
    John Cusack consegue executar muito melhor a interação da narração e os conflitos amorosos pareceram bem mais acentuados e com certeza a interpretação de Jack Black para “Let’s Get It On – Marvin Gaye” foi tão boa que enriqueceu e marcou o filme.


PS1: O livro cita Beatles 13 vezes.
PS2: É sério, eu gosto muito do Jack Black. E o filme tem a participação do Bruce Springsteen!

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Sozinha ou solitária

    Tão estranho se sentir constantemente sozinha.
    Estar com pessoas queridas, em um lugar que você goste e se sentir sozinha.
    E de repente surge a possibilidade de você estar se sentindo solitária.
    Sua sensação de inadequação ser tão gritante e constante que não deixa com que você se sinta confortável.
    Gostaria de saber o que preenche esse sentimento, pois até hoje não descobri.
    Se a resposta deveria ser "em você mesma", eu não consigo decodificar e colocar em prática.
    Se você souber como, me diga, pois tenho várias perguntas e inquietudes.

Breve história sobre minha insegurança para o amor

    Não sei de onde surgiu essa minha insegurança para o amor e relacionamentos. 
    Outro dia eu refleti sobre minha mãe ter me ensinado a ser independente, não depender de uma situação amorosa para viver. Se eu absorvi tudo isso e da melhor maneira, não sei, mas com essa ideia para crescer e que, ao primeiro momento parece incrível, eu mudei minha forma de ver as relações sociais, principalmente, criando um estereótipo do perfil masculino e me barrando para uma quebra deste. E quando percebi, surgiu uma insegurança e medo de me deixar envolver, me deixar me sentir apaixonada. Isto não é tão incomum assim, mas como um desabafo, posso dizer que é horrível.
    Eu escolhi acreditar que posso viver sozinha e que o amor raramente ou nunca se torna real e depois de quase duas décadas defendendo isso, acho difícil mudar e também não sei se quero. Não acho que eu esteja pronta para me arriscar a todas as feridas e machucados do amor, porque eu acredito que eles existem e todos os casos terminam assim.
    Talvez com o tempo eu possa relaxar e me permitir conhecer um pouco mais desse mundo para ver se vale a pena.
    E espero que as pessoas tenham pensamentos e valores mais otimistas que o meu. Acreditem em alma gêmea, par perfeito, príncipe encantado ou no que quiserem. Eu julgo e digo tudo que penso, mas admiro a coragem, a vontade e a credibilidade que vocês depositam no amor.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Sobre aquela carta

     Eu consigo ver um coração tão bonito, que queria encontrar uma chance para amar e que merce ser amado.
      Merecer, nesse caso, está relacionado com a entrega incondicional e a espera por encontrar alguém que consigo ver em você.
     Não sei nem medir o quanto você já mudou a minha vida e nem o quanto a sua entrega não anda sozinha.
      Sinto vontade de te agradecer sempre. Por estar do meu lado, por me ensinar tantas coisas, por ser tão especial, por despertar tantas emoções minhas, por me mostrar quem você é e por mostrar uma visão de futuro tão bonita.
      Muito obrigada.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

R

Se o sol estivesse sempre brilhando
E nossa carga sempre fosse leve,
Nós tremeríamos de medo todas as noites
E perceberíamos qualquer dor que sofrêssemos na vida.

E se a lua ofuscasse seu brilho,
Todas as minhas horas seriam sombrias.
Mas a qualquer sinal de seu sorriso,
Minhas noites seriam menos frias.